Desenvolvida por uma pediatra húngara chamada Emmi Pikler, a abordagem Pikler é baseada no vínculo afetivo e no tempo natural da criança. Um dos seus principais princípios básicos está relacionado ao cuidado amoroso, o qual gera uma relação de confiança com a criança, proporcionando vários benefícios para o desenvolvimento dela.
A abordagem Pikler ficou conhecida pela maneira que as crianças eram cuidadas em ambientes coletivos. O seu foco concentra-se na liberação dos movimentos do bebê e na orientação da sua autonomia.
Neste artigo falaremos sobre a abordagem Pikler, quais são as suas principais características e explicaremos o que ela diz sobre o brincar. Acompanhe!
A abordagem Pikler foi criada depois da 2ª Guerra Mundial com o intuito de acolher, de forma cuidadosa, as crianças de zero a três anos em um ambiente coletivo (o Instituto Lóczy).
Entre os seus principais aspectos e características podemos mencionar:
Embora o bebê seja um sujeito competente, ele precisa estar em um ambiente seguro e que não ofereça riscos e perigo. O ambiente precisa ser um convite para que o bebê explore os brinquedos, objetos e outras crianças. O chão é essencial para contribuir para o desenvolvimento do bebê, uma vez que ele é seguro e estável, tornando-se, assim, a base para que ele se sinta confiante para, aos poucos, explorar novas posturas. O bebê repete inúmeras vezes, em diferentes momentos, os movimentos que estão despertando curiosidade.
É por essa razão que um ambiente firme e estável é indispensável. Do contrário, você dificulta que o bebê tome coragem para experimentar novas posturas.
Um erro muito comum e grave é antecipar as posturas que o bebê ainda não conquistou. Por exemplo, colocar ele sentado antes dele descobrir que pode fazer isso por conta própria. Isso faz com que o bebê se sinta inseguro e fique tenso, o que pode comprometer até mesmo o seu bem-estar. Ele precisa se sentir seguro o suficiente para poder relaxar e ter a possibilidade de explorar o ambiente.
Quando o adulto antecipa a postura do bebê, ele se sente “invadido”. Por essa razão, é muito importante que ele descubra os novos movimentos para ter o sentido de que conquistou algo.
Na hora do brincar, é importante que os brinquedos sejam disponibilizados de maneira que despertem naturalmente a curiosidade do bebê e o prazer de agir. Em um primeiro momento, é muito comum que o bebê brinque com o seu próprio corpo e explore o rosto do adulto — as suas próprias mãos se tornam uma brincadeira muito interessante. Estar perto e olhar para o bebê é fundamental para a sua constituição psíquica e sentimento de ser alguém.
Quando ele começa a interagir com os brinquedos, ele começa a interagir com o outro pequenas ações, como tirar a bola da mão do colega, são consideradas muito importantes. De início, o bebê até suporta que o brinquedo seja tirado da sua mão. Porém, mais tarde, ele será alvo de suas primeiras disputas.
Para amenizar esse tipo de situação, é interessante ter vários brinquedos idênticos. Assim, surge a possibilidade de brincar junto, cada um com o seu brinquedo.
Para a desenvolvedora da abordagem Pikler, “o carinho e o cuidado atento nos primeiros anos de vida é responsável por estabelecer a segurança que vai construir as bases de autonomia da criança até a vida adulta”.
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