Você sabe por que as mudanças no Ensino Médio foram necessárias? O problema maior observado é que as escolas apresentavam dificuldades para garantir a aprendizagem e o engajamento dos estudantes, que não se identificavam com o ensino e acabavam abandonando as salas de aula, muitas vezes para nunca mais voltar.
Preocupados em fazer o Ensino Médio avançar, governos, escolas e educadores buscaram enfrentar os desafios estruturais que impactam especialmente a rede pública de educação.
Eles sabiam que apenas melhorar o que já faziam já não era mais uma boa solução, uma vez que a escola tradicional se mostrava cada vez mais descolada da vida, dos interesses e das necessidades dos jovens brasileiros.
Diante disso, profissionais da educação se mobilizaram para modernizar a última etapa da Educação Básica no Brasil, pois acreditavam que só mudanças mais profundas seriam capazes de fortalecer o engajamento, a autonomia, o protagonismo, a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes.
Neste artigo, mostramos a você os principais conceitos que fazem parte das mudanças no Ensino Médio. Acompanhe!
Uma das principais mudanças no novo Ensino Médio tem como propósito ampliar o foco no estudante. Ou seja, repensar a escola para reconectá-la com as juventudes brasileiras, sua forma de perceber e estar no mundo, suas potências e desafios, seus desejos, ansiedades e necessidades.
O objetivo é assegurar que as percepções, reações e proposições dos estudantes sejam valorizadas e consideradas no planejamento e nas decisões tomadas por gestores e professores, a fim de que as escolas sejam espaços acolhedores, façam sentido para eles e os preparem para a vida no século XXI.
O novo Ensino Médio parte da premissa de que a educação em geral e a escola em particular precisam ser pensadas e organizadas PARA e COM os estudantes. A intenção é promover a autonomia, responsabilidade, participação e atuação desses jovens como agentes do seu próprio destino e de transformações positivas no mundo.
Com isso, espera-se que sejam capazes de contribuir para a melhoria da sua escola e da sua comunidade, além de colaborar com a construção de uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária.
A Base Nacional Comum Curricular determina que a Educação Básica no Brasil deve promover o desenvolvimento integral dos estudantes, considerando as suas dimensões intelectual, física, cultural, social e emocional. Para tanto, define Competências Gerais a serem trabalhadas ao longo de toda a trajetória escolar, com vistas a desenvolver a capacidade dos estudantes de:
Essa etapa da Educação Básica tem a missão de contribuir para que os estudantes reflitam sobre si mesmos, identifiquem suas aspirações no âmbito pessoal, profissional e cidadão, transformem sonhos em objetivos e planos concretos e desenvolvam as competências necessárias para implementá-los.
Nesse caso, espera-se que as escolas sejam capazes de realizar um trabalho pedagógico intencional e estruturado, com o objetivo de apoiar os estudantes a se conectar com seu propósito, dar sentido à sua existência, tomar decisões balizadas, planejar o futuro e agir no presente com autonomia e responsabilidade.
O novo Ensino Médio confere mais autonomia para redes e escolas criarem, contextualizarem e diversificarem seus currículos, inclusive, permitindo que as unidades curriculares assumam diferentes formatos (disciplinas, cursos, oficinas, núcleos de estudo e/ou criação, laboratórios, observatórios, clubes), tempos (anual, semestral, bimestral) e espaços (no interior da escola ou em instituições parceiras).
Também flexibiliza o currículo para o estudante, que tem o direito de escolher uma parte do que aprenderá, conforme seus interesses, aptidões e objetivos, considerando-se a capacidade de oferta da sua rede ou escola. Para tanto, o percurso do Ensino Médio passa a se dividir entre a Formação Geral Básica (parte comum) e os Itinerários Formativos (parte flexível).
O novo Ensino Médio amplia a carga horária das escolas brasileiras de 4 horas para 5 horas diárias. Considerando a obrigatoriedade da oferta de, pelo menos, 200 dias letivos por ano, o calendário escolar expande-se de 800 horas para 1.000 horas anuais. Ou seja, de 2.400 horas para 3.000 horas totais nos três anos de duração da etapa.
A expectativa é de que a carga horária do Ensino Médio continue sendo ampliada gradualmente, conforme as condições de redes e escolas, até que se possa alcançar o patamar de, pelo menos, 7 horas de atividades escolares por dia.
Precisa de ajuda para implementar tudo isso na sua escola ou rede? O Mathema pode ajudar você a implementar as mudanças no Ensino Médio que ocorrerão nos próximos anos e formar sua equipe para que esteja alinhada e segura quanto às mudanças, visando melhores resultados de aprendizagem dos seus estudantes.
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