“Como trabalhar o QVL (quadro valor de lugar) com crianças de 1° ano do Ensino Fundamental?”
Responder a essa pergunta exige uma primeira reflexão: para que usamos o quadro valor de lugar (QVL) ou cartaz de valor lugar (CAVALU)? Esse quadro, cuja construção pode ser feita com recursos diferentes, foi originalmente criado para apresentar as primeiras ordens e classes do sistema de numeração decimal:
Espera-se que ao realizar atividades de representação de quantidades no quadro, o aluno compreenda algumas características do Sistema de Numeração Decimal, entre elas o valor posicional. De modo geral, é mais comum usar o quadro associado ao material dourado. O que faz sentido porque esse material permite explorar que em 1 dezena há 10 unidades, ou que em 1 centena há 100 unidades ou 10 dezenas, mas sozinho não ajuda para o valor posicional. Assim, ao associar o quadro resolve-se uma limitação do material dourado.
No entanto, é importante dizer que a sistematização das características do sistema de numeração é equivalente à sistematização de regras de gramática na Língua Portuguesa. Não ensinamos gramática no 1º ano, não é mesmo? Da mesma forma, a exploração formal do sistema posicional só deve ser objeto de estudo pelas crianças após eles terem tido muitas oportunidades de pensar a respeito dos números e suas relações.
Sendo assim, nem o material dourado, nem o quadro de valor lugar são úteis nessa fase escolar. Mas poderá ser utilizado com muito mais efetividade a partir do segundo ano, quando as relações numéricas mais básicas já permitem começar a sistematizar as características do sistema.
Os alunos do 1º ano podem e devem ser estimulados a pensar numericamente e a registrar quantidades inclusive usando a notação convencional, mas para isso recursos tais como fita métrica, quadros numéricos, jogos de carta, boliche, pega varetas, problemas, coleções de objetos são muito mais efetivos.
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E muito difícil