Mathema Mathema

Hexaedro em Kirigami

Por Escrito em: 01/12/2022 | Atualizado em 06/12/2022
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Como desenvolver o vocabulário geométrico dos estudantes?

 

Você se lembra da primeira dobradura que fez em sua vida? Pode ser que tenha sido um aviãozinho, barquinho ou até mesmo um chapeuzinho de papel. Independente do tipo de dobradura realizada você deve ter ficado(a) muito satisfeito(a) com o resultado e, no final, ter brincado bastante com sua produção, correto?

Pois realizar atividades usando dobraduras, colagens, recortes e montagens sempre configura uma boa oportunidade para desenvolver o chamado vocabulário geométrico dos estudantes. Basicamente o vocabulário geométrico é uma lista de termos próprios da geometria que o estudante vai construindo atribuindo um significado a cada um deles. Nela se encontram o nome das principais figuras geométricas, seus elementos como lados, vértices e ângulo e alguns traçados como retas paralelas, perpendiculares etc.

Dependendo do ano escolar, o vocabulário geométrico pode trazer termos mais ou menos complexos sendo que ele pode ser revisitado ano a ano pensando em ampliá-lo toda vez que o estudante tiver contato com novos conceitos, conteúdos e procedimentos geométricos.

Como usar atividades envolvendo dobraduras para desenvolver o vocabulário geométrico dos estudantes?

Ao realizar os movimentos com o papel procure utilizar sempre a nomenclatura adequada para os elementos geométricos envolvidos nela. Termos como “pontas” e “bicos” podem, na maioria das vezes, serem substituídos por vértices, enquanto que ao fazer os vincos é possível utilizar nomes como “lados”, “bissetriz” e “mediatriz” (respeitando o nível ao qual os estudantes se encontram, ok?).

Quais orientações podem ser usadas em sala de aula durante o trabalho com dobraduras?
  • Cada estudante possui um ritmo próprio de aprendizagem. Por isso pode ocorrer que alguns deles se revelem exímios origamistas enquanto outros, apresentam muitas dificuldades na hora da atividade. Por isso elabore um cartaz mostrando passo-a-passo como confeccionar a dobradura proposta, deixe-o à vista de toda turma e esclareça que os estudantes podem consultá-lo sempre que tiverem alguma dúvida em relação aos procedimentos envolvidos;
  • Numa sala a heterogeneidade mostra que enquanto alguns estudantes se identificam com a proposta de dobraduras, outros a considere como um desafio gigantesco. Designar o papel de monitor para os estudantes que consigam realizar a proposta com maior desenvoltura é uma boa sugestão para estimular a troca de saberes entre os pares.
  • Atividades que envolvem confecções e construções são, na maioria das vezes, bons recursos para diminuir a resistência a certos conceitos matemáticos. Sabe aquele(a) estudante que nem sempre tem um bom rendimento nas aulas? Pois ele(a) pode mostrar uma proficiência acima da média neste tipo de atividade.

Seguindo estas e outras recomendações o aprendizado ocorre ao mesmo tempo que os estudantes se divertem. Não é de se estranhar que a neurociência confirmou que o grau de satisfação apresentado por uma atividade interfere diretamente na consolidação do conhecimento construído. Em outras palavras, quando o estudante realiza uma proposta que lhe dá prazer é muito mais fácil que ele aprenda aquilo que está sendo trabalhado.

Por último fica a seguinte dica: antes de realizar a dobradura em sala de aula faça alguns testes prévios. Você pode pedir, por exemplo, que algumas crianças de seu convívio realizem as dobraduras para verificar as possíveis dificuldades que podem surgir e como superá-las todas as vezes que for necessário.

 

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