As brincadeiras são muito importantes na primeira infância, uma vez que são interações genuínas e essenciais para o desenvolvimento infantil. Além disso, elas contribuem para a melhora da coordenação motora, do raciocínio lógico, da criatividade, da socialização etc.
De acordo com a pesquisa “Primeiríssima Infância — Interações, a prática do brincar”, em geral, as mães costumam brincar mais com os filhos todos os dias (77%) do que os pais (70%). Já em relação à idade da criança, mães, pais e outros adultos responsáveis indicaram que a frequência do brincar diminui à medida que a criança cresce.
É importante destacar que o fato de o adulto diminuir a interação no brincar com o ganho de idade da criança é algo positivo, pois a combinação dos momentos de brincar junto e brincar sozinho, em situações controladas que não ofereçam perigo traz benefícios para a criança em termos de autonomia, criatividade, imaginação e da própria capacidade de estar consigo mesma.
Neste artigo, você entenderá a importância do brincar na primeira infância e como isso pode beneficiar o desenvolvimento das crianças. Acompanhe!
Um estudo realizado pela UNICEF aponta que os primeiros anos da vida de uma criança é o período em que o cérebro precisa de mais estímulos, uma vez que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas até os 6 anos.
Isso significa que as interações sociais contribuem para estimular a atividade cerebral. Portanto, se a criança não for estimulada a brincar, muitas ligações entre os neurônios deixam de acontecer, o que pode afetar o seu potencial de aprender e se desenvolver.
Para que o processo de desenvolvimento infantil pleno ocorra, são necessários estímulos adequados, vínculo e afeto. Por exemplo, quando a mãe, o pai ou outro cuidador adulto demonstram afeto, carinho e sensibilidade às manifestações da criança, ela percebe que existe uma base segura na qual pode confiar e se sentir confortável, aceita e protegida.
Isso oferece benefícios muito importantes para o seu desenvolvimento, como:
Vale destacar também que a família não precisa gastar fortunas com brinquedos para as crianças. De acordo com o pediatra Daniel Becker, “brincar com os objetos da casa dá à criança muito mais criatividade porque ela é quem vai inventar a finalidade daquele objeto. Enquanto o brinquedo pronto dirige a criança para fazer uma determinada função ou atividade — o quadrado eu tenho que encaixar no orifício quadrado, a bolinha no orifício redondo e assim por diante”, explicou.
Atualmente, é possível afirmar que as crianças, já quando nascem, são capazes de atribuir significados às suas experiências. Assim, o período que as crianças passam na educação infantil reúne conquistas importantes para sua vida, como a fala, a marcha, a capacidade de fazer de conta, a vida coletiva, a representação de suas ideias por meio de diferentes linguagens, entre outras.
Nesse sentido, as práticas pedagógicas que compõem a educação infantil devem estar estruturadas a partir dos dois grandes eixos estruturantes da BNCC: as interações e as brincadeiras.
Dessa forma, as crianças conseguem construir os saberes necessários para dar significado ao mundo.
Estar em interação com outras crianças, vivendo os desafios que esse contato impõe, sem dúvida é uma das grandes experiências e oportunidades que todos os meninos e meninas devem viver nos interiores das creches e pré-escolas.
No entanto, para que isso ocorra, é fundamental que os adultos organizem espaços e ofereçam condições que propiciem o contato com diferentes materialidades, a livre circulação e deslocamento, a exploração e brincadeiras que contemplem as diferentes faixas etárias.
Essas condições precisam:
Por fim, é importante mencionar que o desenvolvimento de uma pessoa é contínuo e incorpora diversos processos biológicos e socioemocionais que se moldam a partir das experiências vivenciadas especialmente na primeiríssima infância. Portanto, quanto melhor for a “construção” do cérebro nessa fase, melhor será a preparação das crianças para o futuro.
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